segunda-feira, 1 de agosto de 2011

As mais lindas da Matinha

Tetê, Net e Sissi, a mais nova e a mais velha, louras. Sissi, chocolate. Tereza, Janete, Cecília? Nomes não importam agora. Tetê teria 20 anos? Net, uns 17, 16? Tetê, macacão jeans, surrado, tranças, universidade, Ivan sempre com ela, negro violão, louco de fumo, ponta direita, Mangueirinha, tem dias que a gente se sente, como quem partiu ou morreu, cantou outro dia num canto da mangueira, Tetê e uns amigos, a gente - do morro - na bicora. Faltava luz. Belém se ilumina a motor, herança dos ingleses, da borracha. Famílias conversam com os vizinhos na frente das casas, no escuro a molecada solta, roda, Marisca apascenta rebanhos, pira-cola, maromba, anjo bem, anjo mal, ai, caí no poço, de onde se tira, pelo pescoço...bombaqueiro, bombaqueiro dá licença de passar, carregado de filhinhos para a casa embelezar... Passarás, passarás, dou licença de passar, se não for o da frente, tem que ser o de trás: garfo ou faca? Net é Senhora Dona Sancha, coberta de ouro e prata, que descobre seu rosto, pois nós queremos vê-la deslizar de patins, shortinho, tênis surrado, rosto vermelho, amendoados olhos, à noite, após a missa, na Rainha da Matinha, onde um sorvete se lambuza nela.


Sissi: aragem no matagal, ancas a menear corações.

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